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Cândida

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A levedura Candida reside, normalmente, na boca, no aparelho digestivo e na vagina e, de forma geral, não causa lesão. No entanto, em determinadas condições de baixa imunidade, a Candida pode infectar as membranas mucosas e as zonas úmidas da pele, de forma oportunista. As áreas geralmente afetadas são a mucosa da boca, a virilha, as axilas, os espaços entre os dedos das mãos e dos pés, o pênis não circuncidado, a prega cutânea sob os seios, as unhas e as pregas cutâneas na região do estômago. 

 

Manifestações clínicas

 

Figura 1. Onicomicose causado por levedura do gênero Candida sp. 
Unha com relevo ondulado,bordas inflamatórias e porção distal comprometida.

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Figura 2. Candidose oral. 

Colonização da mucosa. Língua esbranquiçada e mau hálito são os sintomas mais comuns

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                                                                                                                                         Fonte: James Heilman, MD 

 

Figura 3. Queilite angular. 

Lesões características apresentando-se como alterações eritematosas e fissuradas 

da pele e da comissura labial.

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                                                                                                Fonte: Patologia Oral e Maxilofacial 3ª edição (2009)

 

Figura 4. Intertrigo debaixo da mama.

Vermelhidão e lesões arredondadas próximas à lesão principal, chamadas lesões satélite.

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                                                                                                                 Fonte: https://www.tuasaude.com/

 

Figura 5.  Candidíase vulvovaginal. 

Corrimento contendo aspecto de queijo coalho,
que causa prurido intenso e inflamação da vulva e da vagina.

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                                Fonte: Apostila de Micologia Uniara: Candidíase

 

Figura 6. Balanite.

Inflamação da glande peniana causada geralmente por C. albicans.

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                                                                                                          Fonte: https://drandre.site.med.br

 

 

Exame direto do material

 

Figura 7. Exame direto de secreção vaginal corada por Gram.
Apresenta leveduras com pseudo-hifas.

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Figura 8. Exame direto de urina (a fresco). 

Presença de leveduras em material biológico.

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Figura 9. Raspado de Unha (KOH).

Presença de pseudo-hifas e leveduras.

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Cultura
 

Macroscopia

Figura 10. Macroscopia da colônica do gênero Candida spp. 

Colonia cremosa e de pigmentação clara, normalmente indiferenciável entre as 

espécies de Candida.

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Microscopia

Figura 11. Exame microscópico das leveduras isoladas e coradas 

por Gram.

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Figura 12. Exame microscópico das leveduras coradas por Gram.
Pseudo-hifas e brotamentos.

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Técnicas Clássicas de  Identificação das Espécies

 

Técnica de tubo germinativo

Figura 13 e 14. Semeio em pool de soro, encubação a 37ºC e leitura em até 3h para a diferenciação 

de C. albicans.

13.thumb.jpg.d84be05c8c8a4852696a70c91f4a103f.jpg   14.thumb.jpg.cd14cbed08561e687d43513e1ffe580d.jpg

 

 

Microscopia

Figura 15 e 16. Prova do Tubo Germinativo após 2 horas de incubação.

Observação de formação de tubo germinativo em tempo menor que 3 horas, compatível com a especie

Candida albicans.

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Técnica de Microfilamentação

 

Figura 17, 18 e 19. Semeio em Ágar Fuba com Tween 80 em sistema de câmara úmida. 

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Microscopia

Figura 20. Microfilamentação de Candida albicans.

Presença de pseudo-hifas hialinas, contendo clamidosporos terminais.

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Figura 21. Microfilamentação de Candida parapsilosis.

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Figura 22. Microfilamentação de Candida tropicalis.

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Técnica do Auxanograma

 

Figuras 23, 24 e 25. Montagem da placa de Auxanograma, assimilação de fontes de carbono.

Uma suspensão de leveduras padronizadas em meio salino é adicionada aos meios de cultura C e N e homogenizados, apos a solidificação dos meios são adicionados 

dez tipos de açucares ao meio C (rico em nitrogênio) e Peptona e KNO3 ao meio N (rico em açucares) para a avaliação da assimilação de fontes de carbono.

23.thumb.jpg.d58489056671f835d0584eb8ba33cab1.jpg    24.thumb.jpg.a9014e3a45c6882ed1442092f06feeb0.jpg

 

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Resultados:

 

Figuras 26 e 27. Placa contendo meio N (Rico em açucares).

Especies do gênero Candida sp. crescem em meio rico em peptona, sendo esse um controle positivo para as mesmas.

 26.jpg.4107e2cb5b4157dd81b1d728f55cd9ee.jpg      27.jpg.d6d274ed51090a7debe58d5eedb017b0.jpg

 

Figuras 28 e 29. Auxanograma de Candida albicans.

A especie não é capaz de assimilar Lactose, Inositol, Celobiose e Melibiose.

28.jpg.af35b6b908bb7cf4455bcab9b06bdffa.jpg    29.jpg.e9572548f41d5a429e9dc9829c892d16.jpg

 

Figuras 30 e 31. Auxanograma de Candida parapsilosis.

A especie não é capaz de assimilar Lactose, Inositol, Celobiose e Melibiose.

30.jpg.d16c4cdfa8c0587ee0be8fcf7981f628.jpg    31.jpg.6763081e0dce09d1f3722d5ae57fd93b.jpg

 

Figuras 32 e 33. Auxanograma de Candida tropicalis.

A especie não é capaz de assimilar Lactose, Inositol, Celobiose e Melibiose.

32.jpg.59ed5cc6c2887b4dd69522242615151a.jpg    33.jpg.f5a3b057d248fc566c30fd8566c5ea2e.jpg

 

 

 

 

Autores

  1. @Luiza Girotto
  2. @Ysis
  3. @Karyn Manieri

 

 

Referências 

 

  • James Heilman, MD 
  • LORENZINI, Dr. André Milanezi. Candidíase peniana. Disponível em: https://drandre.site.med.br/index.asp?PageName=Candid-EDase-20peniana-20fotos . Acesso em: 02 dez. 19.
  • MONTEIRO, Juliana. Apostila de Micologia Uniara: Candidíase.
  • NEVILLE, B. W. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 4. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016
  • VIANA, Drª. Aleksana. Intertrigo: o que é, sintomas e tratamento. Disponível em: https://www.tuasaude.com/intertrigo/ . Acesso em: 02 dez. 2019. 
  • Fotos tiradas durante aulas práticas de micologia, Bloco B, 2019.

 

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